quarta-feira

Jars of Clay - The Long Fall Back To Earth

A aclamada banda Jars of Clay (em inglês, "vasos de barro"), já muito conhecida e reconhecida por sua música inovadora e inteligente; explora artisticamente questões como relacionamentos e comunidade ao longo das canções de seu décimo álbum. Chamado de “The Long Fall Back to Earth”, o novo projeto vai presentear os apreciadores de Jars com 14 novas músicas; sendo lançado em 21 de abril pela Gray Matters/Essential.

Assim como nos trabalhos anteriores, é o conteúdo das letras que leva os fãs a uma apreciação completa das músicas. O vocalista e compositor Dan Haseltine aprofunda-se na realidade da beleza e tensão dos relacionamentos, e o que faz deles algo pelo qual se vale a pena lutar. O primeiro single, chamado “Two Hands”, que foi lançado nas rádios já no dia 30 de novembro, está sendo aplaudido pela crítica americana. Essa música é uma das apostas da banda para esse novo álbum.

O Jars of Clay divide a produção desse novo CD com o veterano produtor Ron Aniello (Guster, Lifehouse, Leigh Nash), expande a paleta musical desenvolvida no último projeto, “Good Monsters”: guiando as músicas com mais sintetizadores, batidas e “loops”, mas mantendo suma apreciação pelo rock das guitarras intacto. O efeito é uma paisagem musical envolvente e cheio de detalhes, contrastes e riquezas.

A banda Jars of Clay atualizou seu MySpace e site com a estética do novo álbum "The Long fall Back to Earth".

Também já dá pra ouvir alguns samples do que vem por aí, confira: www.myspace.com/jarsofclay

Para saber mais sobre Jars of Clay, acesse: www.jarsofclay.com

1 comentários:

Brother On´Wheels disse...

Jars of Clay é uma banda que transita pela crise, fato que é transparente na sua produção. No turbilhão dos anos 90, década na qual Michael W. Smith tocava nos palcos perdendo pouco para as “másculas” performances de George Michael, os garotos de Illinois chegaram discretamente com o clássico Flood, contemporâneos a outras grandes promessas como Sixpence None the Richer e DC Talk.

Uma espécie de mensagem epicurista, divulgada principalmente pela doce voz de Leigh Nash do Sixpence, marca essa geração. Apregoa-se um viver alienado do que está a volta, uma música ideologicamente pobre, com pouco valor para as futuras discussões que Jars of Clay já iniciara discretamente nas suas canções. Diferenciar a mensagem de sua poesia, acredito, foi o que fez JOC durar até hoje, num processo evolutivo-qualitativo inquestionável. Diferente do Jars, as outras bandas fecharam as suas portas, com algumas tentativas de carreiras solo de sucesso duvidoso, salvo a exceção Toby Mac. Destaco que houve tentativas de volta do Sixpence na qual não vimos muito sucesso até agora.

É evidente que a banda de Dan Haseltine também compartilhou desse espírito carpe diem de sua geração. O maior expoente desse positivismo está no disco Who We Are Instead (2003).

Mas a crise sempre surge dos meios estáveis para inserir na calmaria o caos. E é exatamente isso o que acontece em momentos como Worlds Apart, incluída em um disco que, à primeira vista soa simples e político – Jars of Clay de 1995 - , mas que tem a sua harmonia quebrada por esta poesia que chega a lançar questões como “Did you really have to die for me?”, corajosamente questionando a outrora inquestionável crucificação.

Who We Are Instead é um marco do momento da carreira no qual a banda se desvencilha do pejorativo rótulo pop e expande seus domínios. Entretanto, mesmo sendo uma obra prima, esse disco se distanciou da identidade inquieta e perturbada que escapulira diversas vezes em composições que são evidentes expressões da crise existencial e, por que não, de fé.

Se ouvirmos The Eleventh Hour (2002) e em seguida Good Monsters (2007) poderemos em seguida concluir que acabamos de ouvir duas bandas diferentes, não fosse a inconfundível, amada e odiada voz de Haseltine. No disco de 2007 a banda trouxe a tona uma série de sucessivos desabafos que pareciam entalados na garganta, graças a todos os anos de bons rapazes. Criticam a igreja institucional, criticam a hipocrisia, questionam Deus pelos problemas do mundo em Oh MyGod e declaram sua impotência diante deles. É um disco intenso. Não inova, mas não decepciona, pois consolida, mais do que nunca, a visão do Jars of Clay como ativistas e profetas no sentido de que são denunciadores de questões ignoradas.

Em 2009, The Long Fall Back To The Earth mantém a identidade engajada e ativista do Jars of Clay. O pessimismo dá lugar a esperança novamente, só que dessa vez a esperança não atua ao descrever o lado bom das coisas. Trabalha denunciando as necessidades aguardando que se faça alguma coisa. O positivismo está na vontade de se despertar, por meio da arte, a ação para causas emergentes.

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