quinta-feira

Passagem do Oficina G3 por Curitiba

No último dia 15, feriado nacional em comemoração à Proclamação da Repúlbica, foi realizado na capital paranaense o “Fé Curitiba”, evento realizado desde 2005 com o mote de reunir a comunidade cristã numa campanha contra as drogas e a violência. Esse ano as atrações principais foram PG, ex-Oficina G3 que agora segue com carreira solo de grande sucesso, e o próprio Oficina. Eu não sou exatamente um fã do PG, mas estava ansioso com o show do G3.


Tá! Mas… E o que é que tem de legal ou novo num show do Oficina G3? Talvez pra você que curte a banda, que tem costume de ir aos shows dos caras, ou mesmo pra você que não curte, não exista nada demais à primeira vista. Mas se analisarmos a coisa um pouco mais, podemos perceber que há coisas importantes a serem ditas! acompanhe meu raciocínio…


Os caras do Oficina, ao lado do Katsbarnea e do Resgate, começaram uma nova etapa na música cristã nos anos 1990. Mesmo que o rock já estivesse chegando aos poucos nas igrejas, o som ainda eram muito pouco veiculado, o acesso era complicado para quem estava fora do eixo Rio-São Paulo… Eu mesmo só me lembro de ter ouvido falar do G3 em 1992 (ainda era bem moleque e os caras foram tocar na minha cidade). A Igreja Renascer em Cristo é que fazia a maior parte do árduo trabalho de dar espaço a essas novas caras da música quando ninguém mais fazia.

Aos poucos esse som ganhou espaço, mesmo a contragosto dos antigos de
nossas igrejas que ainda batiam o pé naquela de “o rock é do capeta!” (credoemcruz) oO Outras bandas foram surgindo (Catedral, Fruto Sagrado, Metal Nobre, Novo Som) e ganhando espaço ao lado das consagradas, mas as que realmente cativaram os fãs e permanecem até hoje como as preferidas foram Oficina G3 e Resgate. Creio eu que, se você tem pelo menos 20 anos, antes de escutar qualquer banda de rock internacional, você ouviu Oficina G3. E pode até dizer hoje que não gosta, que não curte o som dos caras (até porque virou moda falar isso), mas cantava de boca cheia “O Tempo” nas rodinhas com os amigos.

Onde eu quero chegar? Bom, pouca gente comenta o fato da continua evolução que os caras do G3 tiveram ao longos desses 20 anos de estrada. Depois de passar por uma fase complicada com a saída de seu vocalista mais carismático e de uma fase em que ganhou inúmeros fãs, muita gente chegou a decretar o fim da carreira da banda paulista. Mas o competente Juninho Afram segurou as pontas em dois excelentes álbuns (sendo que ambos foram indicados ao Grammy Latino, o que nenhuma banda cristã brasileira havia feito antes) e seus 5 últimos trabalhos já levaram o prêmio de Disco de Ouro.

O aguardadíssimo DVD “DDG Experience” não só se tornou um enorme sucesso como já tem sido considerado uma das melhores produções nacionais, não só entre a indústria cristã. E realmente, a qualidade técnica, sonora e de imagem, do DVD é espetacular.

E ver essa qualidade toda ao vivo não á algo que merece simplesmente ser citado no twitter! Como poucas bandas conseguem fazer, o Oficina tem transportado para seus shows pelo Brasil a fora o mesmo clima, a mesma sensação que pode ser vista no DVD! Não só pelo feeling que os caras tem depois de tanto tempo juntos (vale lembrar que Juninho, Jean e Duca estão juntos desde o Indiferença), mas também pelo trato que eles tem com o público, sempre de enorme carinho (totalmente correspondido pelos fãs que cantam juntos cada linha, cada frase, cada grito, além de sabarem de cor o solos das guitarras, do teclado ou do baixo).

Ponto alto das apresentações da turnê que lança o DDG Experience, os riffs entrosados e os gritos de Mauro Henrique fazem a galera sair do chão e não parar nem um pouco. Mesmo depois de ter tanto pulado também no show anterior (que me surpreendeu, devo dizer, ao ver o PG solando umas músicas e fazendo muita gente curtir mesmo o show, até eu).


O Show do DVD "DDG Experience"

Mauro, Duca e Juninho (DDG Experience) Com um repertório bem curto pra quem gravou mais de 1 hora e 40 em vídeo com todo o CD “Depois da Guerra”, Juninho e companhia tocaram por cerca de 1 hora no Curitiba Master Hall, o mesmo palco do show do Petra há poucos meses. No setlist, somente canções novas, mesmo com pedidos esporádicos da platéia por músicas como “O Tempo” e “Te Escolhi”. O tradicional pedido por “Humanos (Até Quando)” também rolou, e esse foi atendido de pronto pela banda que tocou a música no melhor estilo rock ‘n’ roll logo depois de iniciar com a sequência de abertura do show (“D.A.G.”, “Meus Próprios Meios”, “Meus Passos” e “Eu Sou”).

“Continuar” e “Incondicional” foram as únicas ma
is ‘lentas’ do show, seguidas pela palavra do líder e guitarrista da banda que, como sempre, chamou a galera pra prestar atenção não só nas melodias e nos riffs, mas nas letras e na mensagem que a banda leva.

Em seguida volta o rock com o peso de “De Joelhos” e “Muros” e o que parecia ser o gran finale ao som de “Depois da Guerra”! Mas, como tem sido ao longo de vários shows, Juninho inicia um riff muito conhecido por quem curte música internacional e o acompanhamento do baixo e da batera revelam que “Alive” vem por ái! Confesso que fiquei boquiaberto com a qualidade com que o cover da música do P.O.D. foi executado. O resto dos público presente, também pareceu ter ficado bem empolgado (acho que essa foi a hora do show que eu mais vi gente pulando).

E antes que se pudesse dizer que o show acabou, a galera pediu mais uma
e foi atendida pelo Oficina que não só voltou aos palcos como ainda deixou à escolha do público qual seria a música derradeira. A escolhida foi “Mais Alto” que mais uma vez foi acompanhada com muita euforia.

Pra mim, essa fase da banda mostra não só maturidade mas qualidade num
estilo que até bem pouco tempo não era apreciado em terras tupiniquins. O Oficina G3 conseguiu elevar a música cristã (não só o rock) a um novo patamar de produções, seja em CDs, DVDs ou nas performances ao vivo.

Se os caras passarem pela sua cidade, não deixe de ir ver! Vale a pena!

Para saber mais sobre Oficina G3, acesse o site: www.oficinag3.com.br

Fonte: ApenasMusica.net
Via Anderson Butilheiro

Edição: Nelsinho Guerra

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